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Natural de Salvador, Bahia (16/03/1968). Formado pela Escola de Administração da UFBA (2004). Cursando Direito na UNIRB. Solteiro.

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quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

LEI DA COPA

Em 24 / 02 / 2012, o STF, por unanimidade,  considerou o "Estatuto do Torcedor" CONSTITUCIONAL e definiu que os cartolas brasileiros podem, sim, ser processados e condenados por suas maracutaias e seus crimes. E que o Estatuto éxiste,  para ser seguido!
 
                Mas a cartolagem brasileira, agora em parceria com a cartolagem mundial da FIFA, não está nem aí! 
 
            A discutida e duvidosa "Lei da Copa" está sendo discutida em uma comissão Especial da Câmara e, hoje, deverá ser definido seu texto final, para ser votado na Câmara do Deputados.
 
                Os que conhecem bem esse texto, dizem que êle é uma afronta à soberania brasileira e está sendo construído exclusivamente para atender aos interesses comerciais da FIFA e de seus patrocinadores! 
 
                   Entre outros, o  Conselho Nacional de Procuradores Gerais (CNPG) divulgou nota  condenando a autorização para venda de bebidas alcoólicas em estádios, durante o torneio. Esse dispositivo que será introduzido na citada Lei,  fere frontalmente o que determina o "Estatuto do Torcedor".
 
               Outro ponto duramente criticado, nos dá conta de que essa Lei, talvez seja a única Lei existente no mundo, onde só há obrigações e penalidades para um dos lados,  para a "parte de cá" : governo e torcedores !  Não existe sequer um artigo na Lei, que explicite quais são as obrigações e penalidades, aplicáveis à intocável FIFA dos cartolas!
 
               Há também duras críticas à questão dos ingressos mais baratos: parece que essa modalidade só envolverá cerca de 10%  do total de ingressos que serão colocados à venda.
 
               Traduzindo : a copa 2014 será uma "copa para as zelites" ! . . . .   O povo, como sempre, ficará de fora !.....
 
               O incrível de tudo isso é que, segundo consta,  quem mais está peitando os Cartolas da FIFA e seus parceiros brasileiros,  é a presidente Dilma !  Mas, ela sozinha, não conseguirá nada !
 
               Muita água ainda irá rolar por aqui,  em relação à essa Lei da Copa, Inclusive Ações junto ao STF, alegando sua inconstitucionalidade!
 
              Vamos aguardar!......
 
 
Márcio Dayrell Batitucci
 
 
Em Tempo :  Sobre a Edição de ontem, "A Farra PTista na Copa"  veja a Carta abaixo do Imperador Vespasiano  à
                               seu filho Tito.
 
                               Esse Imperador Vespasiano, certamente era um PTista apóstata,  em sua época ! Não é possível!
Obras e mais obras, sendo um de seus objetivos explícitos  "...repassar dinheiro público aos nossos amigos construtores, que tanto nos ajudam nos momentos de precisão "....
 
"...Onde o povo prefere pousar seu clunis ( nádegas ) : numa privada, num banco de escola, ou num estádio"...?

CARTA DO IMPERADOR VESPASIANO (41 dC) PARA SEU FILHO TITO (79 dC)
22 de junho de 79 d.C. “Tito, meu filho, estou morrendo. Logo eu serei pó e tu, imperador. Espero que os deuses te ajudem nesta árdua tarefa, afastando as tempestades e os inimigos, acalmando os vulcões e os jornalistas. De minha parte, só o que posso fazer é dar-te um conselho: não pare a construção do Colosseum.  Em menos de um ano ele ficará pronto, dando-te muitas alegrias e infinita memória.
Alguns Senadores o criticarão, dizendo que deveríamos investir em esgotos e escolas. Não dê ouvidos a esses poucos. Pensa: onde o povo prefere pousar seu clunis: numa privada, num banco de escola ou num estádio?  Num estádio, é claro.

Será uma imensa propaganda para ti. Ele ficará no coração de Roma per omnia saecula saeculorum, e sempre que o olharem dirão: ‘Estás vendo este colosso? Foi Vespasiano quem o começou e Tito quem o inaugurou’.

Outra vantagem do Colosseum: ao erguê-lo, teremos repassado dinheiro público aos nossos amigos construtores, que tanto nos ajudam nos momentos de precisão. ‘Moralistas e loucos dirão, que mais certo seria reformar as velhas arenas. Mas todos sabem que é melhor usar roupas novas que remendadas.Vel caeco appareat (Até um cego vê isso).

Portanto, deves construir esse estádio em Roma.

Enfim, meu filho, desejo-te sorte e deixo-te uma frase:
Ad captandum vulgus, panem et circenses (Para seduzir o povo, pão e circo). 
Esperarei por ti ao lado de Júpiter”.

PS: Vespasiano morreu no dia seguinte à carta. Tito não inaugurou o Coliseu com um jogo de Copa, mas com cem dias de festa. Tanto o pai quanto o filho foram deificados pelo senado romano.


Comissão da Câmara aprova texto básico da Lei da Copa
Maurício Savarese 
A comissão especial da Câmara dos Deputados criada para avaliar a Lei Geral da Copa do Mundo de 2014 aprovou nesta terça-feira o texto básico a ser enviado ao plenário da Casa nas próximas semanas. Haverá pontos polêmicos a serem votados na quarta-feira, como a autorização para venda de bebidas alcoólicas em estádios que abrigarão o torneio. A vitória governista ocorreu com apenas quatro votos contrários.
No relatório do deputado Vicente Cândido (PT-SP), ficou explícita a inclusão de apenas idosos, estudantes e beneficiários do programa Bolsa Família em sorteios para ingressos mais baratos, da chamada Categoria 4. A expectativa é de que essas entradas custem aproximadamente R$ 50. São 300 mil para a Copa do Mundo e 50 mil para a Copa das Confederações. O texto só foi definido no fim da noite de segunda-feira.

O relatório rejeitou a inclusão dos índios nos grupos que participarão do sorteio para ingressos da Categoria 4, assim como os donos de armas de fogo que se desarmem e deficientes físicos e mentais – a situação dos últimos será definida posteriormente. Em texto divulgado no site da entidade, a Fifa se disse decepcionada com o formato final do documento. Cândido, que tentou agradar governistas e oposicionistas, foi elogiado.

 “Dialogamos com o texto do governo e com outro projeto de lei que tramita nesta Casa. Quero continuar dialogando para que possamos acrescentar, deixar opções para Estados e Municípios na questão de decretar feriado nos dias de jogos”, afirmou.
Existem dez pedidos de destaques ao texto, solicitando alteração ou supressão de termos no documento, referentes a ingressos mais baratos, comercialização de produtos não licenciados e, principalmente, venda de bebidas dentro dos estádios.


Polêmica adiada 

Pouco antes da abertura da sessão da comissão especial para avaliar a Lei Geral da Copa do Mundo de 2014, o Conselho Nacional de Procuradores Gerais (CNPG) divulgou uma nota para condenar a autorização proposta para venda de bebidas alcoólicas em estádios durante o torneio. O tema será votado pela comissão a partir das 10h desta quarta-feira.

Para o órgão, a decisão sobre a lei será tomada “priorizando-se a visão econômica, em detrimento de segurança, dando como certa a abolição das medidas restritivas ao consumo de bebidas alcoólicas”. O CNPG diz que o texto do deputado Vicente Cândido (PT-SP) desconsidera a redução da violência nos estádios por conta da restrição. Um dos maiores adversários da iniciativa, o deputado Romário (PSB-RJ) não se manifestou.

Entre os 34 deputados inscritos para falar na reunião, vários que se posicionaram contra a Lei Geral da Copa e atacaram a liberação de bebidas durante o Mundial de futebol. “É uma afronta ao Estatuto do Torcedor, é um erro”, disse Vanderlei Macris (PSDB-SP). Apesar disso, havia adversários do governo Dilma Rousseff simpáticos à ideia. E aliados, em especial do PCdoB, contrários à lei.
Depois de passar pela comissão especial e de ser votada no plenário da Câmara, a discussão vai para o Senado, onde os parlamentares apreciaração o texto do projeto. Caso resolvam fazer alterações, a matéria voltará para a Câmara para uma nova rodada de votações antes de ser encaminhada para a sanção ou veto da presidente Dilma Rousseff.

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

DE OLHO NA FARRA COM O DINHEIRO PÚBLICO

O TCU, recorrentemente, tem apontado irregularidades, superfaturamentos e uma série de desvios nas obras dos Estádios que estão sendo construídos ou reformados, para a Copa de 2014.
 
                 O governo e o PT apóstata,  estrategicamente, deixaram tudo para a última hora, com o objetivo explícito de que, diante da premência do tempo e dos riscos de um vexame internacional,  as concorrências, as tomadas de preços, as compras planejadas e racionais de equipamentos e insumos necessários, fossem feitos de qualquer modo, sem os devidos cuidados e sem os devidos parâmetros de otimização... Além da, agora, "real" necessidade de 3os. turnos, à noite, com fabulosos acréscimos de horas extras!......
 
                 Aí, a farra PTista apóstata não tem qualquer limite e, oficialmente, está instalada no País! 
 
                 Em boa hora e com uma extraordinária visão de futuro partidário , o deus Lulla fez de tudo para trazer a Copa e as Olímpíadas,  para o Brasil, um País que poderia estar utilizando todos esses recursos para melhorar sua educação, suas estradas, sua infra-estrutura, seu transporte, sua saúde, suas moradias e sua segurança!  E sem enriquecer os bolsos de nenhum Partido!
 
                 Esse é um dos perversos legados de Lulla, DIImáh e do PT apóstata, para o futuro de nosso País. Sem, evidentemente, nos esquecermos do maior legado trazido por esses aloprados : 
 
A nova ÉPTica  PTista apóstata ! 
 
    Em Tempo :
 
 
VEJA A DIFERENÇA - POSTURA DOS JAPONESES
 
          ( Ruth de Aquino )
 
O dinheiro e as barras de ouro estavam em cofres e carteiras de vítimas do tsunami no Japão. Em casas  eempresas destruídas. Nas ruas, entre escombros e lixo. Ao todo, o equivalente a R$ 125 milhões. 

Dinheiro achado não tem dono. Certo? ? ? . . .
Não ! ! ! . . . Para centenas ou milhares de japoneses que entregaram o que encontraram à polícia, a máxima de sua vida é outra: 'não fico com o que não é meu'!  E em quem eles confiaram? Na Polícia, que localizou as pessoas em abrigos ou na casa de parentes e já conseguiu devolver 96% do dinheiro.
 Num país como o Brasil, onde a verba destinada às inundações na serra do Rio de Janeiro vai para o bolso de prefeitos, secretários e empresários, em vez de ajudar as vítimas que perderam tudo, esse exemplo de cidadania parece um conto de fadas. O que aconteceu em Teresópolis e Nova Friburgo não foi um mero e imoral desvio de dinheiro público. É o atual padrão da EPTica PTista apóstata! .

Márcio Dayrell Batitucci
 
 
 
 
Custo de estádio do DF dispara R$ 236 mi e vai subir mais; Tribunal de Contas vê "sobrepreço"
 
            No dia 26 de outubro de 2011, o UOL Esporte perguntou ao governo do Distrito Federal qual era a previsão de custo total da construção do Estádio Nacional Mané Garrincha, que está sendo erguido na capital federal para a Copa do Mundo de 2014. A resposta: R$ 671 milhões.
 
            Agora, em fevereiro de 2012, após nada menos que 11 aditamentos de contrato e o planejamento e execução de duas novas licitações, a conta já chega a R$ 907 milhões, um acréscimo de R$ 236 milhões. Só com isso, esta já seria a segunda obra de arena mais cara da Copa, atrás só da reforma do Maracanã (R$ 931 milhões).
 
[as irregularidades que estão ocorrendo nas obras do Estádio Nacional tornam as fraudes nas obras do PAN,  das quais o governador do DF, Agnulo Queiroz, PT-DF, é acusado, um mero aquecimento.]
 
 

            Mas que o contribuinte distrital não se engane: a conta da arena para 70 mil pessoas, que está sendoconstruída integralmente com recursos públicos, está longe de fechar. Ainda faltam ser licitadas a compra do gramado e das arquibancadas do estádio, a construção de um túnel de 300 metros que sairá da arena e irá até um centro de convenções, obras de tratamento acústico, instalação de um sistema de comunicação visual, obras de urbanização e paisagismo do entorno do estádio, instalação de sistema de drenagem e irrigação do campo e, finalmente, um heliponto. O céu é o limite para o preço do Estádio Nacional Mané Garrincha. 
 
Estádio Nacional Mané Garrincha: custo estimado atual de R$ 907 milhões e subindo

            Além das licitações que se acumulam, mais dois aspectos contribuem para o ritmo frenético de alta de custos.
            O primeiro é a quantidade de aditamentos que coleciona o contrato inicial. Já foram 11. E, de acordo com o Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF), um mais está por vir: o que deverá criar um terceiro turno de trabalho no canteiro, para que o estádio possa ser entregue no dia 31 de dezembro deste ano, e não mais na metade de 2013, como era inicialmente previsto.
Estádio Nacional de Brasília = sorvedouro de dinheiro público.
     
            O segundo é a malversação dos recursos destinados à obra. Em relatório do dia 9 de fevereiro deste ano, o TCDF apontou alguns procedimentos adotados pelo consórcio executor dos trabalhos (Construtora Andrade Gutierrez e Via Engenharia S/A) e pela Novacap, estatal do DF que banca a empreitada, que podem explicar em parte a escalada de custos. São eles, nas exatas palavras do órgão fiscalizador:
* Escolha de materiais sem o devido estudo de reaproveitamento, como por exemplo, a especificação de edital das fôrmas para concreto. O mercado disponibiliza modelos que podem ser reaproveitados 20 vezes. Mas, nessa obra, a Novacap especificou uma fôrma que só pode ser reutilizada três vezes;
* Duplicidade de custos de equipamentos que estão sendo alugados mensalmente, mas que também foram previstos em gastos com outros serviços, tais como “fornecimento e aplicação de concretos”, “montagem de grua”, “camada impermeabilizadora” e “armadura de aço”;
* Lentidão no atendimento à determinação de detalhamento dos custos relacionados a mobilização e desmobilização, utilização de percentual indevido de encargos trabalhistas, montante de vale transporte superdimensionado, pagamento indevido de insumos não aplicados na obra e sobrepreço em alguns itens;
* Notas de serviços evidenciando subcontratações que não foram submetidas à análise e a aprovação formal da Novacap, o que pode resultar na execução de serviços sem o devido rigor técnico, e com baixa qualidade;
* Falhas no controle da quitação dos encargos trabalhistas da mão de obra subcontratada.
        O UOL Esporte solicitou, no dia 16 de fevereiro deste mês, como vem fazendo desde outubro do ano passado, uma entrevista com alguma autoridade ou técnico do governo do Distrito Federal, para que pudessem ser esclarecidos estes e outros pontos controversos da empreitada do Estádio Nacional. Em resposta, recebeu uma nota da assessoria de imprensa do órgão, que diz: "O Governo do Distrito Federal tem a preocupação constante em estar em entendimento com o Tribunal de Contas do Distrito Federal".
        Além das licitações que ainda serão feitas para completar o Estádio Nacional, que farão com que o custo final ultrapasse com folga a cifra de R$ 1 bilhão, é certo também que o 11º aditamento do contrato principal, publicado no Diário Oficial do DF no dia 27 de janeiro deste ano, não será o último.
        É que, conforme chama a atenção o Tribunal de Contas do DF, na época da licitação, o governo distrital ainda não havia assumido a responsabilidade de sediar também a Copa das Confederações. Por isso, o cronograma físico-financeiro inicial da obra previu o término do estádio para julho de 2013. Por outro lado, a exigência para sediar a Copa das Confederações é de que o estádio deve estar apto para operar em dezembro de 2012. [antigamente, quando a corrupção era ninharia no Brasil, feita por um ou outro funcionário público ladrão, uma das técnicas era criar dificuldades para vender facilidades; agora que a corrupção se institucionalizou, virou coisa de governo, a técnica é minimizar os custos para iniciar a obra e uma vez iniciada, aumentar ao máximo a obra e mais ainda os custos.]
        Para cumprir o compromisso assumido com o governo federal e com a FIFA, a Novacap informou ao tribunal que está realizando estudos para antecipar a entrega da obra para o final deste ano. Entre as medidas analisadas, está a possível adoção de um terceiro turno de trabalho, o que acarretaria em aumento de custos. Na última quinta-feira, o UOL Esporte fez derradeira tentativa de ouvir uma autoridade do DF sobre o assunto, mas foi informado de que não havia técnicos disponíveis, já que estes só voltarão ao trabalho na próxima segunda-feira. Ainda é Carnaval em Brasília.
Aliás, foi depois que os petistas puderam controlar os termos aditivos que o superfaturamento de obras cresceu exponencialmente –sem esquecer que o que pretendem faturar como ‘pé-de-meia’ nas obras da Copa 2014 faz as irregularidades cometidas pelo atual governador do DF, Agnulo Queiroz, no PAN, parecerem um mero aquecimento.]
 
 

Ao menos oito estádios da Copa já tiveram problemas com o TCU

Órgão identificou sobrepreço, falha em projetos e suspeita de irregularidade nos contratos

 
Relatório divulgado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) dá conta que, das 12 arenas que vêm sendo construídas ou reformadas para a Copa de 2014, ao menos dois terços já tiveram problemas com o órgão ou mereceram comentários negativos.

Os problemas identificados pelo TCU incluem sobrepreço, falhas na elaboração dos projetos, suspeita de irregularidades nos contratos e salto no custo das obras.

No caso da Arena Amazônia, em Manaus, uma análise realizada ano passado pelo órgão identificou sobrepreço que pode variar entre R$ 71,2 milhões e R$ 85 milhões --17% do valor da obra no último caso. O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) suspendeu o financiamento até que o governo do Amazonas finalize o projeto executivo. 

A licitação do estádio manauara também foi alvo de ressalvas do tribunal, que encontrou indícios de restrição do caráter competitivo durante a concorrência.

O Maracanã, cotado para a sediar a final da Copa, também teve empréstimo do BNDES suspenso depois que o TCU classificou o projeto básico da reforma de “peça de ficção”. Além disso, o relatório cita o Portal 2014 ao lembrar que as obras do estádio carioca tiveram aumento de 37,5% em menos de um ano, saltando de R$ 600 milhões para R$ 957 milhões.

Em Recife, o TCU identificou uma série de pontos críticos no contrato de parceria público-privada (PPP) da Arena Pernambuco, como o uso de expressões subjetivas e a transferência ao poder público de responsabilidades que seriam da empresa contratada.

Outra PPP que virou alvo do tribunal foi a da Arena das Dunas, tocada pelo governo do Rio Grande do Norte. O órgão encontrou indícios de irregularidades no contrato e acredita que o estádio não será economicamente viável.

Apesar de não encontrar problemas graves no contrato da Arena Pantanal, em Cuiabá, o TCU fez uma série de recomendações preventivas ao BNDES, que ainda não liberou o empréstimo para a obra.

O estádio cuiabano, por sinal, integra o grupo de quatro estádios com potencial de virarem elefantes brancos depois da Copa, segundo o TCU. Os demais são a Arena Amazônia, a Arena das Dunas, e o Mané Garrincha (Brasília).
Aumento de custos
Além dos problemas com sobrepreço e irregularidades em projetos e contratos, o TCU também fez ressalvas quanto ao salto no orçamento de outros dois estádios da Copa.

Apesar de ter custo estimado em R$ 591,7 milhões, a Arena Fonte Nova, em Salvador, vai custar R$ 1,6 bilhões aos cofres da Bahia.

O Mineirão também teve aumento no orçamento. Antes prevista em R$ 426,1 milhões, a reforma não sairá por menos de
 R$ 743,4 milhões.

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

COM A LEVEZA DE UM ELEFANTE

É incrível a genialidade americana. Derrubam Saddham Hussein no Iraque, que eles mesmos colocaram no poder após um Golpe de Estado, apoiaram por décadas e armaram até os dentes para deter o Irã (até os brasileiros forneceram armamentos ao Iraque). Acontece que Saddham era sunita, segmento religioso minoritário no Iraque. Sabe quem são maioria? Os xiitas, os mesmos que dominam o Irã. Moral da História: os norte-americanos podem ter aberto o caminho para uma aliança islâmica entre Irã e Iraque, podendo este último vir a tornar-se uma Teocracia tal e qual o Irã. Aliás, recentemente, Irã e Iraque já deram passos rumo a uma maior aproximação, isso depois de uma guerra, na década de 1980 que deixou mais de 1 milhão de mortos. Ontem os gênios norte-americanos queimaram exemplares do Alcorão no Afeganistão, bastião dos Talibãs, assim como o Paquistão, País no qual eles fizeram um operação militar, supostamente sem a autorização do Governo local, para trucidar Osama bin Laden, em uma lição de Terrorismo de Estado digna de Israel. Poderão, assim, criar outras alianças islâmicas perigosíssimas na Ásia Central, também riquíssima em petróleo. Ou seja, com a leveza de um elefante, estão abrindo espaço para alianças que poderão voltar-se violentamente contra o Ocidente em uma guerra franca e com alto poder de destruição. Eles não se apercebem de que podem estar dando aos muçulmanos poder suficiente para estrangular a economia ocidental e abrir caminho para incursões militares. Ou apostam nisso para justificarem uma futura guerra mundial?

ADMILSON QUINTINO SALES JUNIOR

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

O NOSSO SISTEMA PRISIONAL PRECISA SER REVISTO COM URGÊNCIA

Do Juiz e Professor Guilherme Nucci, via Dr Paulo Pimentel, Promotor de Justiça em Rio Grande do Norte:

"CHORORÔ INFINDÁVEL. Desde que ingressei na faculdade de direito - e lá se vão muitos anos - ouço exatamente a mesma ladainha. O deficit de vagas no sistema prisional é enorme e o custo de novos presídios, absurdo. Enfim, concluem sempre os "técnicos" do Poder Executivo, a culpa é do Judiciário, que prende demais e não coloca na rua quem merece. Será? São os juízes os algozes da liberdade alheia a ponto de provocar a falência do sistema prisional? Tenho acompanhado, no Tribunal, várias prisões cautelares indevidas, por certo. Tenho notado algum rigor dos magistrados em relação a determinados crimes, impondo o regime fechado. Porém, a CATÁSTROFE do sistema penitenciário está bem longe de ser debitada ao Judiciário. A culpa é do Executivo e sua eterna política de não privilegiar presos, pois não dão, não deram e nunca darão VOTOS. Então, de tempos em tempos, com a ajuda de parcela da imprensa, divulgam-se dados esquizofrênicos, mostrando a superlotação dos presídios e FAZENDO QUESTÃO de dizer que o problema principal é a falta de aplicação de penas alternativas. BALELA. Como dar pena alternativa para roubo? Para homicídio? Para pesado tráfico de drogas? Para múltiplos reincidentes em crimes dolosos? Para sequestro e extorsão? Enfim, a criminalidade crescente não é culpa do Judiciário. Se algum culpado há, esse ente é o Estado-Executivo, que não sabe cuidar da educação, da saúde, da moradia digna e de outros relevantes aspectos da cidadania. E do Legislativo, cuja atuação, muitas vezes, é voltada para o próprio interesse. Além disso, cabe ao Estado de S. Paulo explicar o motivo da FALTA DE VAGAS no regime SEMIABERTO, onde existe FILA (absurdo) para o preso ingressar, como se fosse um parque de diversões superprocurado, necessitando-se de senha para entrar. Quanto custa a vaga no semiaberto? Decerto, muito menos que a vaga no fechado. Vamos parar de chororô e agir com responsabilidade. Direito Penal é coisa séria; mais séria que política."

Guilherme Nucci

http://gazetaweb.globo.com/v2/noticias/texto_completo.php?c=250790

AS MUDANÇAS PROSSEGUEM, MAIS AINDA VEM MUITO MAIS PELA FRENTE

O criminoso que dirigia o Yemen, Ali Abdullah Saleh, já começou a sair do poder naquele País com as eleições de hoje. Faltam o outro criminoso sírio, Bashar Al Assad, genocida, o louco do Irá, Ahmadinejad, a ditadura cubana, o regime tirano da Coréia do Norte, o fim da ocupação e do genocídio chinês no Tibete, as ditaduras africanas etc. Ou seja, o caminho é longo. E muita coisa ainda vai acontecer aqui no Ocidente e por todo o planeta. Chega de ditadores e de ditaduras, de dominadores e de exploradores, de corruptos e de sistemas viciosos e viciados que submetem bilhões de seres humanos a uma vida degradante e a um permanente estado de tensão com as suas guerras e conflitos programados que beneficiam a alguns e matam a milhões de seres humanos, além de mutilar a outros milhões, enlutando famílias, destruindo campos outrora produtivos e dando ensejo a títeres fantoches, que atendem aos seus interesses e calam a voz dos povos. Não é com violência que se mudará este estado de coisas, mas sim com CONSCIÊNCIA e com a rejeição deste absurdo. Quantas gerações mais terão que ser trituradas por esta ideologia da morte e da submissão.


(Admilson Quintino Sales Junior)

domingo, 19 de fevereiro de 2012

ISSO É UM ABSURDO!!!

ESTÁ TUDO LINDO, DIVINO, MARAVILHOSO E NINGUÉM RESPONDE POR NADA... VAMOS ESCOLHER MELHOR OS NOSSOS GOVERNANTES, VEREADORES, DEPUTADOS, SENADORES E EXIGIR REFORMAS, INCLUSIVE DO JUDICIÁRIO... CHEGA DE "PANIS ET CIRCENSIS"...
Três perguntas da Coluna de Mônica Bergamo a João Henrique, prefeito de Salvador.

"Thais Bilenky - Foi uma surpresa?
João Henrique - Sim. Tanto que eu tava fora (no Rio). Mas, graças a Deus, deu tudo certo. E hoje nós estamos abrindo aí essa festa, que é a maior do planeta, né?
Thais Bilenky - Que lição fica do episódio, que deixou 176 mortos?
João Henrique - A festa é de muita alegria. Hoje é dia de curtir o Carnaval da Bahia. É o maior do Brasil. Não adianta a concorrência. Este aqui é o maior Carnaval do mundo.
Thais Bilenky - Foram 176 mortos?
João Henrique - Não tem concorrência. É o maior Carnaval do mundo."

Folha de São Paulo, Ilustrada, 18.2.2012.

SOLIDÃO


A rigor,apenas o egoísta vive só.
O altruísta jamais se sente abandonado,mesmo quando não tenha encontrado ainda uma companhia.
Quem é solidário desconhece a melancolia,a depressão,a angústia,a falta de alegria de viver.
Muitos se queixam de solidão,apesar de estarem rodeados por dezenas de pessoas;estes são os que ainda não aprenderam a sair de si mesmos.
Os solitários,quase sempre,são os que desejam a felicidade exclusivamente para si.
Aqueles que tomam a iniciativa de amar nunca se sentem desamados.
A Vida é uma permuta constante:quem espere receber algo deve doar aos outros o que deseja ter de volta!
Quem não semeia desconhece as alegrias da colheita.
É claro que a solidão pode ser uma prova para o espírito,mas toda prova existe para ser superada.
Quando a solidão nos martirize,busquemos nos tornar úteis aos nossos semelhantes,e se,porventura,servindo o próximo em alguma tarefa de beneficência,ainda nos sentirmos sós,isto significará que precisaremos aumentar a nossa cota de tempo no trabalho desinteressado aos que sofrem.
Solidão é sinônimo de mãos desocupadas e alma vazia de ideal.

IRMÃO JOSÉ - CARLOS A. BACCELLI - LIÇÕES DA VIDA

sábado, 11 de fevereiro de 2012

SER FELIZ

Ser feliz é deixar de ser vítima dos
problemas e tornar-se um autor da própria história.
É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma.
É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida.
Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos.
É saber falar de si mesmo.
É ter coragem para ouvir um "não".
É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta.

Fernando Pessoa

AONDE ISSO CHEGA?

VAMOS ESCLARECER A COISA.

ACREDITE SE QUISER:

O PAULO BERNARDO - MINISTRO DAS COMUNICAÇÕES É MARIDO DA SENADORAGLEISI HOFFMANN - CHEFE DA CASA CIVIL.

O GILBERTO CARVALHO - SECRETÁRIO GERAL DA PRESIDÊNCIA É IRMÃO DA MIRIAN BELCHIOR, MINISTRA DO PLANEJAMENTO.

ESSA MIRIAN BELCHIORJÁ FOI CASADA COM OCELSO DANIEL,
EX-PREFEITO DE SANTO ANDRÉ, QUE MORREU ASSASSINADO.

VOCÊ SABIA E NÃO CONTOU PRA NINGUÉM?

A doutora Elizabete Sato, delegada que foi escalada para investigar o processo sobre o assassinato do Prefeito de Santo André, Celso Daniel, é tia de Marcelo Sato, marido da Lurian, que, apenas por coincidência, é filha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Exatamente: Marcelo Sato, o genro do ex presidente da República, é sobrinho da Delegada Elisabete Sato, Titular do 78º DP, que demorou séculos para concluir que o casoCelso Daniel foi um "crime comum", sem motivação política.

Também apenas por coincidência, Marcelo Sato é dono de uma empresa de assessoria que presta serviços ao BESC - Banco de Santa Catarina (federalizado), no qual é dirigente Jorge Lorenzetti (churrasqueiro oficial do presidente Lula e um dos petistas envolvidos no escândalo da compra de dossiês).

E ainda, por outra incrível coincidência, o marido da senadora Ideli Salvatti (PT) é o Presidente do BESC.
É ISSO MESMO? OU TEM MAIS?

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

NÃO AOS AVENTUREIROS

O QUE ESTÁ ACONTECENDO EM SALVADOR É GRAVÍSSIMO, SOBRETUDO PELAS SUAS POSSÍVEIS IMPLICAÇÕES A NÍVEL NACIONAL. AONDE ESTÁ A ABIN (AGÊNCIA BRASILEIRA DE INTELIGÊNCIA) QUE NÃO IDENTIFICOU A TEMPO TUDO ISSO QUE ESTÁ ACONTECENDO? PORQUE AS LIDERANÇAS POLÍTICAS NÃO SE MANIFESTAM? E SE ESSAS PESSOAS CONSEGUISSEM, DE FATO, DEFLAGRAR MOVIMENTOS SEMELHANTES NO RIO DE JANEIRO E EM SÃO PAULO, INFLUENCIANDO OUTRAS UNIDADES DA FEDERAÇÃO? A OAB E DEMAIS INSTITUIÇÕES DA SOCIEDADE CIVIL PRECISAM SE MANIFESTAR. O BRASIL NÃO PODE FICAR REFÉM DE QUALQUER SEGMENTO, SEJA ELE QUAL FOR. O PÁIS PRECISA DE REFORMAS E DEVE EVITAR AS AÇÕES DE AVENTUREIROS.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

‘O espírito maligno da PM da Bahia se volta contra o povo’

Por Emiliano José*

O governo da Bahia precisa correr contra o tempo, para desarmar a bomba que é a Polícia Militar da Bahia. Não se pode dizer que não se sabia. Uma tese acadêmica do professor Georgeocohama mostrou o espírito autoritário da Polícia, ao analisar a greve da PM em 1981. Não por acaso, o jornalista, professor e hoje deputado federal Emiliano José assinou o prefácio do livro de Ocohama.  Desde o golpe militar de 1964, a PM baiana se constituiu no braço armado voltado para reprimir manifestações populares.

E a violência, pode-se dizer, vem sendo o método de trabalho da PM baiana, entranhada na corporação pela ideologia do carlismo. Chega a ser ridículo, os discursos oportunistas de políticos como o deputado ACM Neto (DEM) e do deputado derrotado José Carlos Aleluia. O guru deles, ACM, incutiu na PM a ideologia da violência. Agora, este espírito maligno se volta contra o povo da Bahia.

Quando a greve da Polícia Militar baiana de 1981 ocorreu, eu trabalhava na sucursal do jornal O Estado de S. Paulo, em Salvador, como repórter. Para os jornalistas de então, um fato inusitado. Estávamos acostumados a cobrir a ação da PM no decorrer de movimentações de operários e estudantes, e tal ação revestia-se sempre de um cunho repressivo. A PM, nos anos posteriores a 1964, especialmente até o fim da ditadura em 1985, se constituiu no braço armado mais prontamente à disposição das classes dominantes para reprimir quaisquer movimentos populares.

Era a PM que tornava dramaticamente real o lado coercitivo do Estado brasileiro. Em todo o País, simultaneamente ao controle a que foram submetidas pelo Exército, as PMs foram modernizadas em sua aparelhagem repressiva, modernização que se expressava no maquinário de guerra de combate às manifestações de rua. Assim perplexos, cobríamos aquela greve.

A análise do professor Georgeocohama sobre as causas daquele movimento revela muita ousadia. Enfrentou tema pouco visitado pela Academia. O livro que agora ganha as ruas foi escrito há mais de 20 anos. Tem, quem sabe, os defeitos de uma análise feita a quente, mas também as qualidades desse tipo de incursão.

Só os bons historiadores, os menos acomodados, são capazes de produzir obras assim: poderíamos chamá-las de análise de conjuntura, numa visão bastante ampliada dessa noção; ou, para ousar avançar por terreno conceitual desconhecido, denominá-la de história mergulhada no acontecimento.

Ao fazê-lo, o autor contribuiu para abrir a vereda que tem possibilitado uma discussão ampliada sobre o papel das PMs numa sociedade democrática. Inegavelmente há um vezo preconceituoso entre as esquerdas, ontem mais do que hoje, em analisar o papel dos militares na vida política brasileira, salvo sob o ângulo da repressão, da violência, do arbítrio, características marcantes da ação militar num País acentuadamente marcado pelo autoritarismo.

A discussão sobre a PM baiana e o movimento grevista de 1981 implica análise aligeirada sobre o Estado brasileiro, especialmente o moderno Estado construído desde os anos 30 do século passado. Esse Estado constituiu-se à base de estruturas mais ou menos autoritárias, que passaram pela ditadura getulista do Estado Novo, pelo populismo nacionalista da primeira metade dos anos 50, pelo desenvolvimentismo de Juscelino, pelo reformismo de Goulart e pela modernização conservadora da ditadura pós-64.

O crescimento da sociedade civil, de modo geral, sempre enfrentou obstáculos, sejam aqueles menos coercitivos, como os levantados pelo populismo, sejam os repressivos, como os do Estado Novo.

O crescimento do movimento operário-popular em 1964 provocou a reação das classes dominantes e redundou em ditadura. A marca autoritária em nossa história não é pequena. Os militares, não por acaso, acreditaram-se demiurgos de um projeto nacional, baseado na Doutrina da Segurança Nacional, cuja inspiração, também não por acaso, veio dos EUA, fundada em pressupostos da Guerra Fria, marcada então por um anticomunismo visceral.

Tal doutrina desenvolvia a tese do inimigo interno, que justificava todas as violências praticadas contra aqueles que tinham uma visão diversa. Desde o final dos anos 40, esse tipo de visão esteve presente em nossa história, e corporificou-se com absoluta transparência em 1964 e naqueles anos seguintes de terror e de sombras.]

A presença militar era tão forte que, para selar o fim da ditadura, fez-se uma espécie de pacto com as Forças Armadas, baseado numa anistia que perdoava os torturadores e assassinos dos porões repressivos. É possível que não houvesse outro caminho dado à correlação de forças do momento, mas o fato é que isso ocorreu. A sociedade civil e a sociedade política não conseguiram desenvolver até muito recentemente mecanismos institucionais que colocassem as Forças Armadas sob controle, na dependência de regras democráticas sólidas.

Só após o fim da ditadura, em 1985, iniciou-se um processo, relativamente lento, onde, paulatinamente, as Forças Armadas passaram a se submeter de forma mais clara aos ditames da lei. Isso foi possível devido à dinâmica interna – a democratização da sociedade brasileira –, e externa –, o fim da Guerra Fria, com o desmoronamento de toda a experiência socialista na URSS e nos países do Leste Europeu.

Recente episódio – o da revelação pela imprensa de fotos de prisioneiros nus nos porões da ditadura – mostrou a autoridade do presidente Lula sobre os militares, evidenciando que os tempos são outros, mais democráticos. Vamos caminhando de modo mais rápido e seguro para uma sociedade amparada na lei.

Para dizer de forma simplificada, se tentarmos situar o episódio analisado por Georgeocohama, podemos dizer que as PMs de então eram um subproduto do quadro nitidamente autoritário que predominou até 1985. Enquadradas rigorosamente após 64, elas foram submetidas aos interesses e conceitos globais do Exército, a instituição que dá as cartas nas Forças Armadas. Passam, então, a ser “tropa de choque” do Estado brasileiro para “sedições internas”, especialmente as movimentações urbanas, das greves operárias às manifestações estudantis.

A greve de 1981, com as conseqüências trágicas dela decorrentes, talvez seja um daqueles momentos em que a PM da Bahia toma consciência de si mesma, recusa-se a ser simples massa de manobra, embora, como é evidente, limite-se a seus interesses meramente corporativos, temendo até a solidariedade de outros setores sociais, o que decididamente reduziu o alcance do movimento.

As paixões do momento não foram sistematizadas numa orientação política conseqüente, como foi diagnosticado pelo professor Georgeocohama corretamente. Não custa lembrar movimento recente, de 2001, quando outra greve, e esta com impressionante participação da soldadesca, colocou Salvador em estado de choque e o governo paralisado. Essa movimentação, à espera de análises mais cuidadosas, produziu alguns líderes, um dos quais, sargento Isidório, tornou-se deputado estadual pelo PT com expressiva votação.

A história registra movimentos de soldados como momentos heróicos, evidência de um alto grau de politização. Não custa lembrar a Revolta da Chibata, do marinheiro João Cândido, contra os castigos absurdos de que era vítima a marujada. Ou a luta dos sargentos por seus direitos no pré-64, objeto até hoje de muitas discussões.

Ou, mais distante de nós, a extraordinária participação de soldados na Revolução Russa. A politização dos soldados, no Brasil pós-64, no entanto, foi reprimida de todas as maneiras. Greves em corporações como a PM não são boas companhias da democracia. São perigosas para todos se se tornam incontroláveis. Estamos falando de homens – e agora mulheres – armados.

A greve de 2001 foi um exemplo disso. Quando se prolongou por vários dias, criou uma situação de caos social em Salvador. No primeiro momento, recebeu o apoio da população, que sabia dos baixos salários e péssimas condições de trabalho dos soldados, sargentos e mesmo oficiais.

Num segundo momento, o povo fechava-se em casa com medo e queria o fim rápido do movimento. A PM, nesse caso, saiu relativamente fortalecida. Houve, por caminhos tortuosos, o reconhecimento do quanto ela é necessária, embora não se possa desconhecer o quanto ela precisa mudar para se tornar uma polícia cidadã, que tenha como missão principal proteger o cidadão e cidadã comuns.

As diferenças entre os dois movimentos não são pequenas, e posso lembrar alguns deles, arriscando-me a palpitar. O primeiro é que o de 1981 não teve o alcance de massa que teve o de 2001. Aquele foi uma ação  concentrada na ousadia de alguns oficiais. O segundo aspecto é que o de 1981 foi barrado de modo sangrento – a lembrar que o governador biônico era Antônio Carlos Magalhães, prócer querido da ditadura – enquanto que o de 2001 acabou sendo resolvido pela negociação, em decorrência especialmente da ação de parlamentares da oposição, que praticamente socorreram um governador inerte, quase perplexo diante da greve.

Os tempos eram outros. Já não era mais possível mandar matar, como em 1981. O terceiro é que a movimentação de 2001 durou um bom número de dias, teve um impressionante impacto político-social e obrigou o governo a ter mais atenção com a PM, enquanto que a de 1981, estancada na ponta do fuzil, acabou rapidamente e suas conseqüências nem de longe se aproximaram das de 2001.

Mas tudo isso é palpite. O que importa aqui é a análise feita por Georgeocohama a respeito da movimentação de 1981. É essa ousadia dele que nos convida a uma reflexão sobre a PM na sociedade que vivemos hoje, muito mais democrática.

Nos tempos mais recentes, desincumbida parcialmente da tarefa anterior de reprimir movimentos populares, devido à situação democrática, a PM, educada para a violência, continuou como “tropa de choque” contra os pobres e negros, especialmente nas grandes cidades. A questão posta para todos nós, que temos compromisso com a continuidade da democratização da sociedade brasileira, é a definição do papel dos militares na vida política nacional, e aí inclui-se também as polícias militares.

Aqui, pode ocorrer a um leitor mais atento lembrar, acompanhando Norberto Bobbio, ser o Estado sempre um instrumento de repressão, o que ninguém contestaria. Mas isso não quer dizer, e isso também é Bobbio, que todos os Estados sejam igualmente repressivos. Nós, aqui e agora, queremos um Estado democrático, com os militares submetidos aos ditames da lei, incluindo-se aí a PM enquanto ela existir, para que se garanta um estado de paz civil.

É necessário que se estimulem ouvidorias autônomas das PMs de modo a facilitar ao cidadão e à cidadã recorrerem dos arbítrios, das violências, contribuindo para uma vigilância efetiva da sociedade civil sobre a instituição. É fundamental que seja incrementada a educação dos efetivos da PM no campo dos direitos humanos. Não podemos, em nome de uma teoria abstrata do Estado como instrumento da repressão, descuidar da importância de uma espécie de revolução cultural entre os policiais militares.

É possível forjar um novo espírito, que fortaleça mais o aspecto preventivo do que o repressivo. Um espírito que faça os policiais militares enxergarem cidadãos no negro pobre, no sujeito sem posses. Um espírito que pretenda sempre, em primeiro lugar, proteger o povo. Sem isso, continuaremos a assistir a essa impressionante guerra civil que assola o País principalmente nas grandes cidades.

Ninguém ignora a necessidade da repressão contra a criminalidade de qualquer natureza, especialmente contra o crime organizado, e no quadro institucional ainda vigente, a PM cumpre um papel importante. Mas é preciso um novo espírito para que a população pobre e trabalhadora não continue a ser a principal vítima.

Emiliano José é jornalista, escritor e deputado federal (PT-BA)



Está na hora de se pensar seriamente na Unificação e Desmilitarização das Polícias, assim como em medidas como: a mudança de abordagem de nossa Política de Segurança Pública (que deve, priorizar, de fato, o serviço e a proteção da população e não a repressão), a valorização e melhoria salarial dos profissionais que atuam na área, o reequipamento e maior investimento nas forças policiais, a não ace...itação da brutalidade policial e dos desvios por parte daqueles que atuam nas Polícias, o aperfeiçoamento contínuo destes profissionais e, sobretudo, uma MUDANÇA DE MENTALIDADE. Devemos, no Brasil, buscar o Bem-Estar Social e a melhoria contínua da Qualidade de Vida e não perpetuar o ciclo vicioso que exclui grande parte da população e mantém o ódio como fator de controle e a violência como algo aceitável.