Salvador é uma das cidades com maior índice de desemprego do Brasil e uma das piores distribuições de renda. Carecemos de iniciativas capazes de atrair, de forma consistente e continuada, empreendimentos que deenvolvam de fato a economia metropolitana, assim como a estadual, e que possam reverter o quadro de desemprego crônico e de acentuado desemprego, cujas raízes são históricas.
Os moradores de áreas nobres de Salvador (BA) ganham até 25 vezes mais que um habitante das regiões mais pobres da área metropolitana da cidade. A diferença é superior à que existe entre as demais unidades da federação de maior e menor renda do país.
Recentemente foi criada a Região Metropolitana de Feira de Santana. Ao lado desta medida, sugerimos a ampliação da Região Metropolitana de Salvador, no entorno da Baía de Todos os Santos, abrangendo os Municípios do Recôncavo Baiano, e, igualmente, a criação de um triângulo tendo como vértices a Região Metropolitana de Salvador, a Região Metropolitana de Feira de Santana (duas regiões metropolitanas interdependentes) e o Município de Camaçari.
Sugerimos, igualmente, a construção de um novo Aeroporto Internacional na BR 324, entre Salvador e Feira de Santana, que pudesse atender às duas Regiões Metropolitanas e ao Município de Camaçari, uma vez que o aeroporto atual não tem grandes possibilidades futuras de expansão.
As cidades que compõem o Recôncavo Baiano são Conceição do Almeida, Sapeaçu, Cruz das Almas, Santo Antônio de Jesus, Salinas da Margarida, Muniz Ferreira, Nazaré, São Felipe, Dom Macedo Costa, Governador Mangabeira, Muritiba, Cachoeira, São Félix, Maragojipe, Santo Amaro, Saubara, Conceição do Jacuípe, Terra Nova, Amélia Rodrigues, Laje,Teodoro Sampaio, Candeias, Simões Filho, Salvador, São Francisco do Conde e São Sebastião do Passé.
Acreditamos que a construção da ponte Salvador - Itaparica será de fundamental importância para o futuro da cidade do Salvador. Teíamos, de modo mais imediato, a integração da capital baiana e o seu Recôncavo, numa área de cerca de 10 mil km². A BR-242, da qual a ponte deverá ser o quilômetro zero, passa por cidades que ficam no coração do Recôncavo (ver o texto de Antônio Risério, publicado originalmente no Jornal A Tarde, Salvador, Bahia, em 26/06/2010).
"A ponte pode ser a peça-chave de nossa reintegração física, econômica, social e cultural. O novo elo evolutivo que falta. Hoje, numa foto área, vemos que apenas uma parte do trabalho foi feita. A ponte do Funil faz o Recôncavo chegar a Itaparica. E a foto fica capenga. Falta fazer a outra e maior parte do trabalho. Temos Funil, temos Itaparica, mas cadê a ponte para ligar a ilha e Salvador, para completar o quadro?" (Antônio Risério).
(http://jeitobaiano.wordpress.com/tag/ponte-salvador-itaparica/)
Do mesmo modo, a capital do Estado da Bahia necessita repensar o seu sistema viário, investir em transporte de massa, em novas vias, transformar o seu metrô em uma realidade. Porém, como defenderemos mais adiante, a Bahia precisa de uma nova capital, no centro do Estado, que redefina a sua infra-estrutura, integre o Estado, interiorize o desenvolvimento, distribua de modo equilibrado a sua população e sepulte de vez as propostas de divisão desta unidade da Federação.
Uma vantagem comparativa baiana é a Baía de Todos os Santos, considerada uma das melhores áreas de fundeio e atracação de navios da América do Sul, cuja profundidade requer baixos investimentos para a dragagem e manutenção dos portos. O porto da Ford está localizado, por exemplo, a apenas 30 km da fábrica. Segundo o consultor João Marcos Arruda Pires, especialista em logística, além de possuir uma localização privilegiada, com acesso simultâneo ao Sul e Nordeste, a Bahia é um dos principais centros consumidores do país e a principal economia nordestina, dona de um terço do PIB da região. O ponto delicado da instalação dos centros de distribuição na Bahia são as estradas, principalmente as federais, sem manutenção efetiva há muitos anos.
Acreditamos que a referida Região, entre Salvador, Feira de Santana e Camaçari necessita melhorar a sua infra-estrutura. Salvador precisa pensar não apenas em ampliações do Aeroporto 2 de Julho, mas, em um novo Aeroporto, de maiores proporções, assim como em uma nova Estação Rodoviária e em linhas de trem (tanto de passageiros quanto de carga), interligando Salvador a Feira de Santana e a Camaçari, e em seguida, integrar, através de ferrovias, a região produtora de grãos do Oeste da Bahia aos portos de Salvador e de Aratu e ampliação da capacidade da ferrovia Juazeiro – Salvador, além de uma ferrovia Salvador – Aracaju. A ampliação da malha viária, inclusive no trecho Salvador-Feira de Santana, seria de fundamental importância.
O transporte ferroviário possui diversas vantagens, é mais econômico que o transporte viário e menos poluente, além de ser mais seguro e possibilitar maior segurança, o trem colabora com a diminuição dos congestionamentos e dos gastos públicos com infra-estrutura rodoviária, tudo isso com menor impacto ambiental. O custo da passagem também é menor do que a de ônibus. Em Salvador, por exemplo, cobra-se R$ 2,50 (em média) pela passagem de ônibus, já a de trem custa R$ 0,50 (2011). "Queremos um modelo para todos os estados com trens bonitos, velozes e seguros e de manutenção barata. Trabalhamos para reativar esse transporte extinto desde 1990", afirmou o diretor de planejamento da CBTU, Raul de Bonis. Porém, muitas vezes, por falta de manutenção e de condição de uso, os trens ficam paralisados.
A Linha Férrea da Região Metropolitana de Salvador passaria por áreas de grande concentração de indústrias como Ford, Complexo Petroquímico de Camaçari e Aratu para onde os funcionários se deslocam de carro ou ônibus provocando um aumento de fluxo nos horários de saída e entrada dos turno de trabalho. Isso sem contar a nova indústria automobilística chinese que deverá estar em funcionamento até 2014, em Camaçari.
Além da ligação com Alagoinhas, dev-se buscar a revitalização dos trechos Salvador-Santo Amaro, Salvador-Feira de Santana, Salvador-Candeias e Senhor do Bonfim-Juazeiro.
http://www.sedur.ba.gov.br/arquivo_noticias/noticia.11.htm ( Consórcio pretende reativar linha férrea Salvador-Alagoinhas / 08/02/2007)
A ferrovia Leste- Oeste deverá uniri parcelas importantes do Estado da Bahia e contribuir para o escoamento de grãos e minérios.
Todas as ferrovias citadas deverão estar voltadas para o transporte de cargas e de passageiros.
Prevê-se que a ligação entre Salvador e o subúrbio ferroviário seja feito através de VLT's (veículos leves sobre trilhos). Precisamos da integração dos diversos modais (ferrovias, metrô, rodovias, transporte marítimo, aeroportos etc.).
A construção da Ferrovia Leste-Oeste anda a par e passo com a ampliação dos portos baianos. Precisamos da ampliação dos portos de Salvador e de Aratu e do Terminal que atende à Ford (e que deverá atender igualmente à Jac Motors), da construção do Porto Sul (Ilhéus) e, futuramente, de um novo grande porto na Baía de Camamu.
Sabendo-se que a Bahia possui grandes jazidas de minérios de ferro, deve-se pensar em usinas siderúrgicas na região do novo Porto do Sul e próximas ao Porto de Aratu, agregando valor ao que se produz aqui no Estado, ao invés de sermos simples exportadores de comodities. Além disso, o Pólo de Informática de Ilhéus precisa ser incentivado, além de outras indústrias que devem instalar-se naquela região da Bahia, contribuindo,decisivamente, para a sua industrialização.
A capacidade portuária da Bahia é estrategicamente muito importante para o Brasil, porque a localização do Estado permite o rápido acesso a portos americanos e europeus e pode ter ainda uma conexão com todo o Centro - Oeste brasileiro.
Precisamos modernizar, dragar e aumentar a capacidade dos nossos portos receberem navios de maior calado (e, mesmo, investir em automação e robotização), melhorar as estradas e ferrovias, investir em hidrovias e melhorar a formação profissional dos baianos, para que possamos obter padrões de comparação com outros portos.
O escoamento de grãos da região produtora de Barreiras - na região Oeste da Bahia - até o porto de Aratu, em Salvador, torna-se mais barato se for feito de forma multimodal.
O ideal seria atrair investimentos da iniciativa privada, tantos os produtivos quanto aqueles relacionados à Infra-estrutura (rodovias, ferrovias, portos, metrô, aeroporto, nova estação rodoviária, e, por que não, uma ponte ligando Salvador à ilha de Itaparica). No caso da ponte, as embarcações seriam complementares, não ficando à população à mercê de uma única alternativa, limitada, por sinal. Propomos também a utlização, além dos ferry boats, de HOVERCRAFTS entre Salvador, a Ilha de Itaparica e outras localidades costeiras baianas, como Morro de São Paulo. Aliás, cremos que o transporte costeiro deveria ser melhor explorado no Brasil, tanto para o transporte de cargas quanto de passageiros, haja vista que o litoral concentra muitos e populosos núcleos urbanos, além de centros industriais variados.
Mediante concorrência internacional, quando fosse o caso, empresas ou grupos de empresas (reunidas em consórcio), poderiam construir e explorar, por tempo determinado em lei (que poderia ser renovado ou não, caso fosse de interesse Público e desde que não houvesse prejuízo ao conjunto da população), através de pedágio ou outras formas de cobrança, os referidos trechos e/ou serviços, responsabilizando-se pela sua manutenção e ampliação, poderiam ser levados a efeito projetos como o da ponte Salvador – Ilha de Itaparica ou o trem bala entre as cidades do Rio de Janeiro e de São Paulo.
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