Definitivamente, as coisas não andam muito bem, na PTrobrás PTista apóstata e sindicalista cooptada, dos tempos atuais... Há fatos e indícios vários, que apontam para uma lenta degradação da excelência da Empresa, fruto, entre outros fatores, do desmonte de sua outrora excepcional Política de Recursos Humanos...
Não somos nós que dizemos isso. Foram os altos Executivos da Empresa, naquele Estudo coordenado pela PWC, em 2.008, onde esses Executivos expressaram claramente seu descontentamento com a atual Política de R. H., apontando vários gaps e impropriedades, principalmente nos projetos e programas voltados para a retenção e o compromissamento da mão de obra técnica especializada. Absolutamente necessária nesses novos tempos do Pré-sal e nesses novos tempos de acirrada concorrência globalizada da indústria petrolífera.
Há alguns meses, a AEPET enviou um duro documento à Direção da Empresa, apontando alguns problemas graves que estariam comprometendo sua excelência. Principalmente nas áreas fins de Exploração e Produção. O então Diretor dessa área, na época, enviou uma desqualificada "resposta" à AEPET, indigna de um Executivo formado nas lides do trabalho sério sempre executado pelos técnicos da Empresa! A AEPET insistiu junto ao Presidente Gabrielli, que se recusou a receber a Entidade, mas que deve ter orientado o mesmo Diretor, para uma "nova resposta", onde a AEPET foi chamada de "parceira"!..
Mas os problemas continuaram!....
Não foram um, nem dois, nem três, os casos de assédio moral explícito à técnicos de alto nível, que foram colocados à parte, ou que deixaram a Empresa, em busca de um trabalho mais profissional e menos destruidor!... É por demais evidente a perda da qualificação técnica na Empresa, em decorrência do terrível sistema de pressão e de assédio que existe nas Unidades Industriais, ou em decorrência da saída de técnicos capacitados, atraídos por melhores oportunidades, nas concorrentes!
Também há alguns meses, por pressão da AEPET junto à Direção da Empresa, o Gerente Executivo de Recursos Humanos, recebeu uma equipe de técnicos da Entidade, onde seria exposta uma sugestão de Política de R. H., para as atuais necessidades da Companhia.
O trabalho da AEPET foi sumariamente desqualificado pelo referido Gerente Executivo, que sequer ouviu seu desenvolvimento técnico, afirmando que a AEPET estava mal informada e que tudo que ela propunha, já estava em andamento, devidamente aprovado pela Alta Administração.... A AEPET seria chamada para uma nova reunião, onde tudo isso seria devidamente mostrado e comprovado...
A AEPET, depois de mais 6 meses, continua esperando a tal explanação do Gerente Executivo...
Infelizmente, é fácil constatar, a Empresa e sua área de R. H., hoje, sequer sabem diferenciar o que seja Política de R. H., Objetivos de R. H., Diretrizes de R. H. e Funções de R. H. ...
Nesse cenário, criado e alimentado pelas atuais Administrações PTistas apóstatas e sindicais cooptadas, na contramão do que fazem as grandes corporações mundiais, torna-se muito difícil sobreviver na era pré-sal e na era da globalização da indústria petrolífera!.....
Talvez, por essas e outras, o "mercado" anda preocupado e descontente com a Petrobrás ! O Banco Credit Suisse, em seu recente relatório, reduziu o "status" da Petrobrás. "...Quanto mais o negócio cresce, maiores são as perdas, mesmo tendo em vista preços da gasolina 10% mais altos e do diesel, 2% maiores, que contribuíram para os resultados a partir de novembro."
O mesmo Credit Suisse rebaixou a recomendação de outperform (performance acima da média do mercado) para neutra. O preço-alvo para as ADRs (papéis negociados em Nova York representativos das ações PETR3) foi reduzido de 65 para 43 dólares...
O BTG Pactual chegou a qualificar os resultados da estatal em 2011 como "intrigantes". Os analistas Gustavo Gattass, Luiz Felipe Carvalho e Dario Valdizan, mesmo debruçados sobre os resultados anunciados pela petroleira, não conseguiram decifrar como a Petrobrás chegou aos resultados financeiros divulgados... "...A diminuição nos resultados foi tão grande que não podemos descartá-los como irrelevantes..."
O Bank of America Merrill Lynch (BofA) apontou prejuízo de R$ 4,412 bilhões na área de abastecimento, responsável pelas importações.
Na última Assembléia, os acionistas minoritários deixaram claro sua insatisfação para com a Direção da Empresa! Idem os Investidores estrangeiros...
Os ex-presidente Gabrielli, em uma entrevista à "Brasil Energia", talvez tentando explicar a profunda apatia que hoje existe no ambiente de trabalho da Empresa, chamou a Petrobrás de "corporação estressada" !....
Por que uma Corporação, do tamanho da Petrobrás e com a estrutura da Petrobrás, é chamada de "Corporação Estressada", por seu próprio Presidente ? Algo está errado em sua gestão !.....
Essa "apatia" generalizada na Empresa, mostrou sua face inequívoca, no recente episódio da eleição de um representante dos empregados, para uma vaga no Conselho de Administração da Companhia : a abstenção dos ativos, nessa eleição, foi algo realmente significativo e sintomático. Só não enxerga quem não quer !......
A Política de remuneração pontual e não incorporativa, que vem sendo adotada para os ativos, cria e alimenta essa ambiência de não-compromisso e de não alinhamento com os objetivos e com o futuro de excelência da Companhia! Ao contrário do que sempre existiu no passado, hoje, a mão de obra própria, se assemelha bastante a um "bando de aves de arribação" : estão ali, enquanto não aparece algo melhor ou mais interessante!....
Além da remuneração pontual, qual o outro fator que efetivamente motiva os 20.000 novos técnicos recém-admitidos na Empresa ? E que vai motivar os futuros admitidos ?
Sua política de abandono da meritocracia, em favor dos requisitos políticos/sindicais atualmente adotados ? Seu Plano de Cargos e Carreiras, elaborado por sindicalistas e totalmente defasado da atual realidade estratégica da Empresa e do próprio mercado das concorrentes? Seu Plano de Aposentadoria de Contribuição Definida, que depende dos humores das Bolsas de Valores ? Seu sempre mais decadente e burocrático Plano de Assistência Médica Supletiva ?
Nâo há excelência perenizada que resista a tal cenário !
E a própria Direção da Empresa parece orientar esse tipo de Projeto, por sua inconcebível e desastrada "Política de Terceirização" indiscriminada! Não há cuidado em preservar as áreas fins e estratégicas, dos olhos, da ganância e da participação funcional dos terceirizados! A Petrobrás mantém aproximadamente 296 mil trabalhadores na condição de prestadores de serviços ( mal preparfados, mal formados e mal pagos! ) e cerca de 80.490, efetivos. Sem qualquer "reserva de mercado próprio" de seu acervo tecnológico e de sua excelência técnica!
Não se pode exigir lealdade e compromisso dos ativos, em suas atividades técnicas de alta especialização, quando eles veem muitas de suas tarefas, inclusive as de importância estratégica para a Companhia, serem incompreensivelmente repassadas a técnicos terceirizados.
Lembram-se daquele episódio policial do "roubo" dos laps-tops, que "estavam sob a guarda da Halliburton" e onde ficavam armazenados os dados sigilosos e estratégidos de nossa área de exploração e produção ?
E, do mesmo modo, segundo relatos que nos chegam (....), estudos de reservatórios de campos gigantes da Petrobrás, estão hoje confiados a engenheiros terceirizados!.... Como se sabe, quem realiza esses estudos é quem determina posteriormente, os empreendimentos que devam ser feitos no campo, as expectativas de retorno e o cumprimento de produção !...
Parece que na PTrobrás de hoje, o terceirizado tem mais poder que o técnico de carreira!...
E por que um terceirizado ? Ao que consta, por absoluta falta ou perda da capacitação própria da Petrobrás, fruto da absurda Política de R.H. da Empresa, da política de assédio e perseguição profissional por parte de alguns gerentes e pelo lobby de empresas prestadoras de serviço!...
Sabe-se, também, que professores de nível, dos Cursos de Formação técnica superior, promovidos pela Empresa, têm se recusado a continuar como docentes, no atual modelo de não-intensividade adotado, "por questões de redução de custos" !...
Se todos esses indícios e ocorrências são reais, estamos diante de questões muito, muitíssimo graves!
Definitivamente, as coisas não andam muito bem, na PTrobrás PTista apóstata e sindicalista cooptada, dos tempos atuais...
Os sinais e indícios estão aí...
E, então ? Ativos, Sindicatos, AEPET : vocês vão deixar que a excelência de nossa Empresa simplesmente desapareça no ralo da incompetência de seus Gestores ?
Ou não ?...
Márcio Dayrell Batitucci
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